quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Talvez um dia tenha o prazer de ter um surto de loucura...



Este, é um dos momentos em que paro, olho à minha volta, e tento desesperadamente obter uma percepção positiva sobre quem me rodeia, quer eu conheça ou não... não sei como explicar esta sensação sem que o leitor dos meus "rabiscos" pense: "...esta, deve achar que é mais que os outros!"... Se está a pensar isso mesmo, desengane-se! EU, como todos os outros, sou feita da mesma "massa" com todas as qualidades e defeitos inerentes à condição humana. É um facto! Tenho pensamentos cruéis e desejos pouco nobres ... é óbvio! Quem não tem? Mas esta condição não nos dá o direito de praticar sobre o Outro tudo aquilo que nos passa pela "telha", certo? Acho apenas, que por agora, ainda não vivemos na selva envoltos de "ugas-bugas""!... Será pedir muito, após uma "suposta evolução" do Homo-Sapiens até ao Homem actual, que nos comportemos com alguma decência, dignidade e compaixão pelo próximo? Coloco a questão, porque começa a tornar-se esgotante (para mim) "mastigar" frequentemente aqueles pensamentos de desprezo pelos outros, quando os observo nas mais diversas situações e em diferentes contextos, enquanto Seres que parecem nunca ter tido qualquer contacto com o mundo que conhecemos, e a que chamamos civilização!... (confesso que tenho vergonha destes meus sentimentos, mas sinto-os e não os consigo evitar...).


O porquê dos meus sentimentos? das minhas palavras?... Está nos olhos de quem quiser ser um pouco mais atento e sensível... Será que ninguém vê a forma como nos tratamos uns aos outros? Andamos á procura de quê? O que ganhamos com o nosso olhar de indiferença ao que se passa em nosso redor? Não temos nada que ver com isso? Então sofremos de uma crise de identidade em que ninguém sabe quem é! Em que ninguém se olha por dentro! Em que ninguém se importa consigo próprio! Será este o mal que assola a Humanidade? A ausência de respeito por si próprio? Penso, sinceramente, que sim! Se ao contrário fosse, estaríamos no patamar da perfeição! O ponto alto da Humanidade, que não seria mais do que a prática do respeito mútuo. Através do respeito, todos nós sentiríamos na carne e na alma, as dificuldades alheias, tais como as sentimentos quando se trata das nossas! Digo dificuldades para não partir para as fatalidades! Fatalidades como ser alvo de injustiça, de escárnio, de indiferença... Entretanto, todos assistem, de poltrona, ao naufrágio da vida alheia, aproveitando-o para preencher a sua, disfarçando desse modo, o grande chiqueiro que é a sua PRÓPRIA VIDA... Uma merda mesmo! Mas entretanto, brotam as opiniões e de "se fosse eu, não era assim..."! HAHAHAHAHA!!! Que vontade histérica que tenho de rir! Isto, para não ter que imaginar-me a sacar de metralhadoras e outros artefactos para fazer explodir cabeças... Apetecia-me ter surtos de verdadeira loucura e fazer uma "limpeza" em meu redor... Com ou sem vergonha, é o que sinto! Eu disse que também eu tinha pensamentos pouco nobres, lembram-se? E esses pensamentos têm a sua génese na maldade que nos é dirigida gratuitamente! Já não bastava o olhar indiferente sobre o sofrimento alheio? É que agora o "último grito" está no fazer mal por pura diversão! Mas eu é que não acredito nisso! Acredito sim, que é preciso ser-se muito infeliz e frustrado para se poder ter a energia necessária para destruir o próximo... porque estar bem e sentir-se divertido é coisa de gente boa, certo?...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sem Título

...como dói imaginar a existência desta realidade... Choro por vergonha dos meus sentimentos de tristeza... talvez a miséria humana nos possa ensinar a viver com imensa gratidão...talvez nos ajude a avaliar o surgimento das nossas grandes questões sobre aquilo que não podemos ter... A dor que sinto na garganta, no peito e principalmente na minha alma, são um castigo imenso... a culpa que sinto pelas minhas "necessidades" fazem de mim, neste momento, um ser desprezível... Que haja perdão suficiente para nos lavar a alma pelo que não fazemos e por aquilo que cobramos dos outros, sem nada contribuir... sem nada construir... e tudo exigir...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PODER... O desejo que assume as mil faces...






"Por mais que aparentemente o discurso seja pouco importante, as interdições que o atingem logo e depressa revelam a sua ligação com o desejo e com o poder. E o que há de surpreendente nisso, já que o discurso - como a psicanálise nos demostrou - não é simplesmente o que manifesta (ou oculta) o desejo; é também o que é o objecto do desejo; e já que - a história não cessa de nos indicar - o discurso não é simplesmente o que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, aquilo pelo que se luta, o poder do qual procuramos apoderar-nos."
Michel Foucault, in 'A Ordem do Discurso'

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Armadilhas... Há que saber identificá-las...



"Estudemos as coisas que já não existem. É necessário conhecê-las, ainda que não seja senão para as evitar. As contrafacções do passado tomam nomes falsos e gostam de chamar-se o futuro. Esta alma do outro mundo, o passado, é atreita a falsificar o seu passaporte. Precatemo-nos contra o laço, desconfiemos dela. O passado tem um rosto, que é a superstição, e uma máscara, que é a hipocrisia. Denunciemos-lhe o rosto e arranquemos-lhe a máscara."


Victor Hugo, in 'Os Miseráveis'

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coração Contente...

Queridas amigas,
Queridos amigos,

Obrigado pelo carinho de que fui alvo...
Obrigado pelos mimos...
Obrigado pela forma comovente como me presentearam com a Vossa presença naquele dia...
Obrigado pela Vossa existência na minha vida!