
FELIZ NATAL, MENIN@S!
"Esta é uma boa bebida para oferecer a uma senhora.

...como dói imaginar a existência desta realidade... Choro por vergonha dos meus sentimentos de tristeza... talvez a miséria humana nos possa ensinar a viver com imensa gratidão...talvez nos ajude a avaliar o surgimento das nossas grandes questões sobre aquilo que não podemos ter... A dor que sinto na garganta, no peito e principalmente na minha alma, são um castigo imenso... a culpa que sinto pelas minhas "necessidades" fazem de mim, neste momento, um ser desprezível... Que haja perdão suficiente para nos lavar a alma pelo que não fazemos e por aquilo que cobramos dos outros, sem nada contribuir... sem nada construir... e tudo exigir...




“Qualquer apaixonado representa o triunfo da esperança sobre o conhecimento de nós próprios. Apaixonamo-nos seguros de que não vamos encontrar no outro aquilo que sabemos existir em nós, cobardia, fraqueza, preguiça, desonestidade, acomodação e estupidez. Lançamos um laço de amor em volta do ente escolhido e decidimos que tudo nele vai de certo modo libertar-nos dos nossos defeitos.” 
Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros). Sinto crenças que não tenho. Elevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas. Como o panteísta se sente árvore e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada, por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."



