sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fazer crescer o “Eu”…

Ao contrário do que em tempos pensei… hoje reconheço que não existe a fórmula humana do “dois em um”… existe sim, “Eus” que se confundem e “se impedem” de crescer individualmente. Contudo, não se pode dizer que sejam erros cometidos por si só… existe, de facto, uma força que nos compulsa a seguir certos rumos pela ausência de um próprio… de uma estrutura que nos permita avaliar as questões que a vida nos coloca e que nem sempre (ou quase nunca) a “resposta” é objecto de uma identidade própria… de uma crítica pessoal e única…

Nem seria possível assim Ser… Ser por saber, conhecer, reconhecer, identificar… Decidir… Apenas quando se cresce por dentro e de acordo com a experiência vivida (pelo próprio “Eu”) se obtém a majestosa capacidade para decidir… todas as outras decisões, apenas constituem movimentos viciados e sem vinco interior…

Eis agora o Crescimento… pela experiência de ter seguido e não ter “olhado as laterais”… Mas não considero que a responsabilidade seja de quem marca o caminho a seguir, principalmente quando se trata de crescimento conjunto… a condição que anula o individual… o “Eu” verdadeiro… as próprias necessidades… aquelas que nos fazem cruzar as mãos e levá-las à testa… que nos martirizam a alma e nos puxam “à força” para o interior… esse quarto escuro que nunca ninguém entra sem consentimento (até de si próprio) … A introspecção! Exercício mental quase inexistente entre os “Eus”... Exercício que apenas aprende quem identifica a existência do “Um só”… A INDIVIDUALIDADE…

Apenas um desafio vos coloco:

-Quem se atreve a olhar para dentro de si?
-Quantos de vós olha para si enquanto “dono” de si próprio?
-Será que alguma vez nos sentimos donos de nós próprios? Será? DESAFIO MESMO AQUELES QUE PENSAM QUE SIM, PORQUE POR VEZES CONFUNDEM-SE COM AQUELES QUE SE JULGAM DONO DE ALGUÉM!

Acho que nos andamos a esquecer, que para poder andar lado a lado com o objecto do nosso Amor à que ceder de forma incondicional… absoluta… irrestrita… Ceder ao formato da nossa alma… do nosso querer… do nosso “Eu”… Não seria bem mais fácil, honesto e com probabilidade mínima para morrer em vida…?

Sim! Morrer em vida! A maioria de nós morre em vida para fazer sobreviver quem escolhe por nós! Mas também eles são mortos-vivos porque se alimentam da passividade do seu seguidor…
Decesso absoluto aos “Mortos-Vivos”! Vida para quem quer crescer permitindo o crescimento do “Outro”…

Concluo com “Delfins”:

Quando alguém nasce, nasce selvagem!
Mais que a um país,
Que a uma família ou geração,
Mais que a um passado,
Que a uma história ou tradição,


TU PERTENCES A TI!
NÃO ÉS DE NINGUÉM!

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