terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Caminhos…



Caminhos… é este o tema que nos últimos dias me tem “insultado” a vontade… a disponibilidade para escolher… o livre querer…

Contudo, infelizmente não podemos ceder apenas ao livre querer, porque outros “quereres”… outras necessidades se manifestam… condição que apela ao meu “Eu” para que me apresse, para que me defina… Decisões! Caminhos…

O exercício a que me proponho é tão necessário como injusto… Vejo-me impelida ao mergulho… Imagino uma daquelas paisagens que podemos vislumbrar bem de cima… daquelas que nos apetece assumir o risco… como quem, passo após passo se aproxima do precipício, prevê os riscos… mas pela magnitude da vista não hesita em investir um pouco mais por saber que a compensação de correr o risco nos poderá mudar toda a perspectiva… ver mais fundo… medo, coragem, vontade, hesitação, necessidade… mistos de sentimentos contraditórios… Dificuldade na escolha dos caminhos…

A verdade, é que sei que não poderei “sacar” do “pára-quedas” durante a queda… voltar ao ponto de partida (o agora conquistado) resta-me a escolha entre o salto e a indefinição até que passe… Será que passa? Será que quero que passe…?

Entretanto é impossível não “espalhar cartas”, e distribuir de forma legítima e consentida a possibilidade de “Eus” de quem gosto muito, poderem vir a ser originais e inventarem um caminho alternativo aos já perspectivados, alguns deles já percorridos… Mas é apenas um exercício que me afasta, entretanto, da “responsabilidade solitária” que me pertence… Tentativas frustradas de encontrar nos “Outros Eus”, a resposta ao caminho a escolher…
Aqui só eu existo enquanto objecto de movimento… de mudança… São inúteis todas as investidas à resposta do “Outro”…

Eu aqui e agora…? Que sinto?! Pássaro sem rumo! Perdido entre estações...

Sem comentários: