quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ressaca Antecipada!!!


Caros Amigos,


Estas são as minhas expectativas para dia 1, 2 e 3 de Janeiro de 2009... Com a vontadinha que estou de me descontrair, acho que certamente ficarei com o aspecto deste pequeno monstro durante pelo menos 3 dias... Com vinte aninhos não me fazia grande diferença, mas 11 anos depois já se manifestam algumas fraquezas...


Vou sair às 13 horas e vou começar com pequenos preparos... uns pequenitos pitéus... para tapar os buraquinhos do estômago... he, he, he... vou empenhar-me principalmente na escolha do vinho (claro)... e na boa da bagaceira (muito, muito velhinha)... uma excelente cigarrilha (hoje posso, evidentemente...) e quem sabe até provar alguma daquela comida para coelho, que tanto os meus amigos insistem em dizer que é bom... maravilhoso... que faz tanto bem à saúde (acredito!)... enfim... sem falar nos maltitos queijos (que odeio!)... que entram em guerra comigo quando decidem libertar o seu horrendo odor... (tão apreciado... que horror!!!)... Mas em compensação vou disfrutar de uma daquelas lareiras alentejanas a aquecer o ambiente... em excelente companhia e uma produção que nunca falha... Apenas não sei onde vou acordar, tendo em conta o estado fragilizado em que certamente estarei... Apetece-me tranbordar...!!!! Hoje não quero conversas sérias! Quero sim, muita risota em boa companhia!!!!!!
Resta-me desejar a todas as pessoas que conheço e de quem gosto um Ano cheio de Sucessos, Muita alegria, muita força para ultrapassar os momentos menos bons...
Até 2009...




terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Inveja


Inveja…

Invejar… Invejar tem raiz no desejo… mas atenção! A Inveja tem duas faces… duas mães…

Concebo a inveja como um veneno auto-destrutivo e também potenciador de acção… movimento… seguir a linha…

Conheço pessoas que ao longo da vida se consumiram e se consomem pela inveja do “Outro”… da sua imagem, do seu sorriso, dos seus amigos, da sua capacidade de interagir com Outros… do seu sucesso, da sua beleza, do seu/sua companheiro/a…

Esta inveja mata por dentro! Seca a alma! Envelhece o rosto! Curva a postura! Não procura o encontro … Procura afastamento… destruição… destruição do objecto que lhe agonia os sentidos…

O invejoso nunca tem paz! O invejoso celebra a desgraça, a ruína… objecto da sua inveja… tem prazer em vê-lo mal, em vê-lo sofrer... ri por dentro enquanto lhe coloca a mão mentirosa no ombro e lhe manifesta uma falsa solidariedade…

É relativamente fácil detectar um invejoso… Basta seguir o seu olhar até ao objecto da sua atenção. É um olhar diferente… que se distingue de todos os outros… olhar comprometedor, indiscreto, acompanhado de poucas expressões... olhar cabisbaixo… alinhado com a sobrancelha… fixo!

Os invejosos… parecem inofensivos, mas são seres que se escondem na sombra… bastidores… atentos aos momentos que podem provocar sofrimento ao objecto invejado… Quando detectam o “odor” da vulnerabilidade, eles atacam astuciosamente, treinam o alvo, preparam a investida… e fazem sofrer de forma gratuita só pelo prazer de assistir ao desmoronar de tudo aquilo, para o qual nunca tiveram a força e a coragem para conquistar… ter para si…

Este invejoso é perigoso… mas nem todo o invejoso é igual… existe uma barreira entre o invejoso que deseja e conquista, e o invejoso que destrói… envenena… intoxica-se por dentro e tudo em seu redor… fracasso instalado… embebido de frustração…

O invejoso sonhador… esse não prejudica ninguém… pode até ser pouco criativo, mas procura alcançar os seus desejos, aquilo que aprecia nos outros, não inveja por maldade, inveja porque gosta do que vê no “Outro”… por que admira e esforça-se pela sua conquista…
Também é relativamente fácil distinguir estes dois invejosos…

Imaginem quando estamos felizes… aconteceu algo de bom, e naturalmente queremos partilhar com Outros… Nunca sentiram aquela sensação de alguém não conseguir manifestar alegria… até tenta, mas não consegue e por isso “retira-se”… movimentos evasivos… não suporta o sucesso, a alegria alheia… Nunca sentiram? Eu sinto! Observo! Os meus sentidos ficam alertas, mas por meros segundos… desvalorizo! Os meus olhos retomam a normalidade… “Respiram”… Suspiro… Aprendo!

Sejamos invejosos conquistadores! Invejosos crentes “no tudo é possível”… Invejosos empenhados no caminho a percorrer… nos objectivos a atingir… no sucesso pretendido… Ao invés de invejosos passamos a ser atentos às fontes inspiradoras… passamos de admiradores a admirados… tornamo-nos, nós também, fontes de inspiração…

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

29 de Dezembro...



Hoje sinto-me particularmente bem… será fantasia ou pura aceitação de factos… Aceitação de mim… das minhas escolhas…

Enquanto escrevo estou com aquele nó na garganta… o tal! Mas não é de maus sentimentos… de motivos maiores… é natural… não sei de quê…

Que raio se passa comigo? É diferente… Sinto que apesar das dificuldades… dos problemas acessórios… estou a conseguir algo… paz talvez! Estou serena… mas ansiosa não sei de quê… tenho uma sede nova… uma sede que me fez despertar de novo os sentidos para outras direcções… caminhos… Sinto-me atraída pelo futuro… pela vida!

Talvez seja o aproximar de um novo ano que sempre nos deixa com um discurso de esperança, de novas conquistas… expectativa… fé!

Apetece-me vida! Rir para as pessoas… brincar… até com os assuntos que supostamente devem ser tratados com um certo controlo nos músculos faciais… Postura, etc e tal… he, he, he… Chega a ser absurda esta sensação… mas é agradável…

Hoje ninguém me afecta… Imunidade absoluta! Posição de Buda… Braço direito esticado… a palma da mão em sinal de stop… fixa… olhos tranquilos... um mar de pétalas de rosa… Corpo e alma protegidos…

Ninguém é suficientemente habilidoso para me remover desta sensação…
Estou em puro equilíbrio… paz de espírito… satisfação sem nome…

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Amar...



Amor… quando ouço falar “dele”, palavra de honra que sinto alguma dificuldade em entender, o que a esse termo é atribuído ao nível do seu significado… (se calhar não tem…)

Amor… gostar muito… trá-lá-lá… trá-lá-lá… Mas aquilo que mais me intriga é a palavra amo-te! Dita sem quaisquer problemas… em qualquer altura, sem grande dificuldade… Enfim…

Talvez seja arrogância minha, pensar que só eu Amei… Amo… Mas tem explicação… plausível ou não, é a minha… Vejamos:

Amo, mas não cuido… Amo, mas não faço isso… Amo, mas não farei como tu… Amo, mas não suportarei… Amo, mas não me sacrificarei… Amo, mas não me preocupo… Amo, mas é ele(a) quem tem de… Amo, mas, mas, mas, mas…

Pois digo-vos… para mim o Amor não é “isto”… O Amor, é dos sentimentos mais destrutivos e (in) capacitadores que já experimentei, é como um vulcão em plena erupção… espectáculo único, excessivo, exuberante, grandioso, incontrolável, sem limitações prévias, destituído de qualquer vestígio de racionalidade… Age em prol do coração, age em prol do furor da dor que sente quando se perspectiva a perda do objecto amado…

São actos de pura entrega, sem regras, sem combinação prévia de actuações futuras…
Aqueles que Amam, que Amaram…, já não fazem planos… já não combinam, já sabem e tem a experiencia do não-Amor…

O “Não-Amor” são todas as condicionantes ao movimento da entrega total…

…sem qualquer horizonte… Amar… simplesmente amar… deixar o “Outro” agir livremente, com confiança, sem cobrança, sem limites, sem artefactos, aceitação, deixar ir, mas de mão estendida ao regresso… Sem planos, exigências, sem pedir, sem implorar… SEM QUERER SÓ PARA SI…

A Humanidade ainda tem de aprender a gerir este sentimento… talvez por isso esteja em desuso investir no Amor… porque investir no Amor, é deixar que o “Outro” nos conheça por dentro e deixá-lo decidir sozinho sem quaisquer defesas, sem quaisquer subterfúgios…

Hoje, e desde há algum tempo tenho verificado que os casais que se dizem enamorados, que se Amam… enfim… para poderem partilhar um mesmo espaço… casar, viver junto… têm de cumprir 1001 regras para que o Amor não tenha um fim…! Isto é Amor?

Se um não gostar dos hábitos do outro, acaba o Amor? Se ele ou ela não cumprirem as tarefas acaba o Amor? Se ele ou ela não gostar dos amigos do outro, acaba o Amor? Se, se, se, se, se…

Como podemos ver, o Amor de hoje é cheio de Mas e de Ses… Muito Bem!
Pois, por mais que tente não concebo o Amor desta forma… cheio de condicionantes, regras, limites… Para mim o Amor não tem limites… são sentimentos contraditórios, incapazes de cumprir regras pré-estabelecidas… não conhece planos inflexíveis…

Aquilo que observo, quando se fala em investir no Amor, são as cerimónias, as festas, as casas que têm de estar super bem equipadas, não pode faltar nada… O vestido de noiva, o bolo, os convidados, etc, etc, etc… Para outros, é dispensável a festa, o bolo, o vestido… apenas promessas de Amor para sempre… muito sexo, noitadas com amigos… e, TOLERÂNCIA ZERO! Nada de cedências, nada de sacrifícios, nada de humildade, nada de nada… Acaba o Amor! Regresso ao Ninho!

Sabemos o quanto é mágico o estado de paixão, que logo à primeira impressão é confundido com o Amor… O Amor, ultrapassa a paixão, ultrapassa a razão, ultrapassa as próprias necessidades… é um sentimento que não diria maior, mas sim altruísta e de raiz no “Outro”…

A pessoa que Ama não diz Nunca! A pessoa que Ama é tolerante, tem esperança, fé, acredita, investe até á ultima gotícula de suor, até à exaustão… e aí… existe um fundo… uma Balança… A balança que nos faz a leitura do peso, da importância, da necessidade desse Amor se aperfeiçoar, se tranquilizar… serenidade…

Acredito que para atingir o pleno da satisfação com objecto amado é incondicional ter que atravessar uma infinidade de contrariedades e dissabores… um universo de transformações intra e interpessoais… Não acredito em pessoas que Amam de acordo com os “requisitos exigidos” e que, certamente trarão “prazo de validade” … porque é esse Amor que hoje observo, é esse Amor que uns outros tanto manifestam… “Amo-te mas com limites… Amo-te até encontrar alguém que ame mais… Amo-te enquanto cumprires o que combinámos…”

SOCORRO!!!!!! Não quero deixar-me contaminar por este Amor “moderno”…! Prefiro aquele que faz doer, aquele que nos faz ficar em posição fetal quando estamos tristes… aquele que quase nos impede de respirar quando aquele “nó” se instala na garganta e que faz o peito ficar contraído… a testa enrugada… a alma em desespero, desejando tornar real a imagem do objecto amado instalada no pensamento…

Completamente irracional? Eu...? Não!

Tal como já referi noutro qualquer contexto… prefiro o Real e Concreto… Mas com um orgulho imenso de ter experimentado e saber o que é Amar… de saber que Amo... apenas encontrei a tranquilidade… serenidade…
Aceitação de mim…

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Movimentos do “Eu” e do “Outro”…


Os movimentos de mudança… de progresso interior, são questões que inevitavelmente partem de todos os “Eus”… Esperar que seja o “Outro” a ditar-me o itinerário da minha vida será certamente um movimento de auto-desresponsabilização… de passividade, de “tu conduzes”…


Não! Obrigada, mas Não!


Não há mais lugares junto à cobardia e às velhas fragilidades! Luzes! Acção! Está a rodar!


É a vida que está aqui! Sempre esteve… Que estive eu a fazer, onde foi que parei e porquê?! A auto-censura sim! É saudável… invoca o equilíbrio, a reflexão… Mas… contemplar o “fado da desgraçadinha dos pés descalços?” do “sou tão coitada, infeliz, filha do infortúnio e da má sorte?
Não obrigada! Prefiro “lamber as feridas” e seguir em frente, deixando os lamentos (que já ninguém suporta) para os “agarrados” ao “Outro”… os verdadeiros dependentes… dependentes daquilo que “outros” terão ou não para lhes dar… Que lástima… viver da míngua… do “…não reparaste que estou aqui?” É ter-se vocação para sombra… vivendo à margem do desejo, viver sonhando, viver imaginando como era bom se fosse de outra forma…
Aqui, com certeza cabem todas as probabilidades de uma vida sem “Eu”, sem significado, sem existência…


Contudo, atenção aos mais astuciosos, ardilosos, ladinos… aquelas “cópias não autenticadas” dos destituídos de vontade e verdadeiramente frágeis… os Manipuladores… aqueles “Eus”, que sem que se dê por isso, nos atingem a alma e o coração, pela sua capacidade inata de gerir os sentimentos do “Outro”… Montar a armadilha! Preparar o golpe… Esperar pacientemente pelo “odor” da fragilidade da sua vítima e atacar! Atacar, mas de forma doce e quase imperceptível à percepção alheia… O doce veneno… Só “Eles” sabem das suas verdadeiras intenções”!


Antídoto? Aprender a ler todos os movimentos do corpo de quem fala… observar-lhe as mãos, os paços, a boca, a direcção do seu olhar, penetrar nos seus olhos e fazer silêncio… deixá-lo continuar até ao ponto em que não será necessário fazer quaisquer perguntas… Sim! Eu acredito no poder do olhar penetrante, da escuta activa, no silêncio ensurdecedor…


O manipulador nunca actua sozinho!


O manipulador alimenta-se da fragilidade manifestada pela sua vítima... O manipulador ri, chora, adoece, fica triste, fica alegre, ajuda, promete, elogia, “dá” oportunidades únicas (quase sempre de encontro aos desejos da vítima), é amigo, meigo, exageradamente preocupado, especialmente atento, particularmente interessado… tem sempre consigo as soluções para os problemas… Ele é insuperável…


Mas apenas nas palavras! Depois de sugar a sua vítima, de obter os seus intentos, arranja novas estratégias e artimanhas para justificar o que em regra não cumpre… O movimento da verdade…! A essência que nos conduz às escolhas conscientes… As decisões livres!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cumplicidade…






Cumplicidade! Será que existe alguma frase extraordinariamente bem construída para definir este conceito…? Talvez! Mas eu desconheço…


A cumplicidade que entendo é uma dinâmica bilateral que por mais que tente colocar em prática, ainda não consegui que me fosse devolvida resposta que me satisfaça. Cumplicidade tal como a entendo, trata-se de um “contrato” (sentimental) que duas ou mais pessoas estabelecem, assentes no compromisso de lealdade, compreensão mútua, sentimentos e actuações recíprocas de protecção, cuidado, respeito…


Como se pode ver, é difícil escrever sobre aspectos caracterizadores deste termo… Prefiro então colocar o coração no lugar da semântica…


A cumplicidade sugere-me uma “actuação” de sentimentos que poderiam simplesmente apelar ao encontro de duas almas, cuja realidade e fantasia estariam entrosados numa parceria de cooperação mútua… A cumplicidade de que falo, reporta-se a compromissos de lealdade onde a própria palavra é dispensada dando lugar apenas às manifestações corporais de entendimento… de “mensagem recebida!”. Será possível que não hajam outros a sentir o mesmo que eu? Será possível que por mais que invista nesta dinâmica, os resultados “pós investida” se mostrem de tal forma contrários ao “acordado”…? Serei eu apenas ingénua ou viciada na utopia?


Não será possível duas almas cumprirem este compromisso, que aquando do seu surgimento parecia tão verdadeiro… sincero… para sempre?!


Não sei…! Mas os resultados apenas podem ser dois: Continuar a procurar e acreditar na existência de um Outro semelhante a mim, ou perder por completo esta necessidade de partilha… de cumplicidade, através do crescimento e solidez de sentimentos “menores” e embebidos de desconfiança!


Por enquanto prefiro investir e acreditar! Por enquanto vou continuar a acreditar que algures por aí, existirá um Outro semelhante a mim… amante das formas românticas e edílicas de olhar os corações… A fé no ser humano.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Esta imagem não é a que gosto mais, mas simboliza para mim uma postura dificil de definir por palavras... acho que mostra a intensidade com que Freddy "expulsa" os seus "demónios"... a resistência e também a resignação... "Bohemian Rhapsody" é para mim dos melhores trabalhos de sempre... senão mesmo o melhor...

Para os curiosos deixo a tradução da música! Penso que traduz em pleno a imagem...

Bohemian Rhapsody (tradução)
Guns N' Roses
Composição: Freddie Mercury
Rapsódia Boêmia

Esta é a vida real?

Isto é apenas fantasia?

Preso num desmoronamento,

Não há escapatória da realidade.

Abra seus olhos,

Olhe para cima nos céus e veja:

Eu sou apenas um pobre garoto, eu não preciso de simpatia,

Pois sou [do tipo] fácil-vem, fácil-vai,

Um pouquinho animado, pouquinho deprimido.

Qualquer direção que o vento sopre

Realmente não importa para mim, para mim...

Mamãe, acabei de matar um homem:

Coloquei uma arma contra sua cabeça,

Puxei meu gatilho, agora ele está morto.

Mamãe, a vida mal tinha começado

Mas agora estou perdido e joguei tudo fora.

Mamãe,

Não pretendia fazer você chorar.

Se eu não estiver de volta a esta hora amanhã,

Continue, continue como se nada realmente importasse...

Tarde demais, minha hora chegou

E produz calafrios na minha espinha.

O corpo está doendo o tempo todo...

Adeus a todos - Eu preciso ir,

Preciso deixar vocês todos para trás e encarar a verdade.

Mamãe, (qualquer direção que o vento sopre...)

Eu não quero morrer,

Eu, às vezes, queria nunca ter nascido...

Eu vejo uma pequena silhueta de um homem.

"Scaramouch, scaramouch você vai dançar o fandango?"

Raio e relâmpago - me assustando muito, muito...

Gallileo, Gallileo,

Gallileo, Gallileo,

Gallileo Figaro - magnífico!

Mas eu sou apenas um pobre garoto e ninguém me ama.

"Ele é apenas um garoto pobre de uma família pobre,

Poupem sua vida dessa monstruosidade.

"Fácil vem, fácil vai - vocês me deixarão ir?

Bismillah! Não - nós não vamos deixar você ir - "deixem-no ir!

"Bismillah! Nós não vamos deixar você ir - "deixem-no ir!

"Bismillah! Nós não vamos deixar você ir - deixem-me ir!

Nós não vamos deixar você ir - deixem-me ir! (nunca!)

Nunca vamos deixar você ir - deixem-me ir!

Nunca me deixam ir

-Não, não, não...

Oh mama mia, mama mia, mama mia, deixem-me ir!

Belzebu tem um demônio reservado para mim,

Para mim,

Para mim!

Então você acha que pode me apedrejar e cuspir no meu olho?

Então você acha que pode me amar e me abandonar para morrer?

Oh baby - não pode me fazer isto, baby.

Apenas tenho de sair - apenas tenho de sair direto para fora daqui.

Ooh sim, ooh sim,

Nada realmente importa.

Qualquer um pode perceber,

Nada realmente importa - nada realmente importa para mim...

Qualquer direção que o vento sopre...

Realidade ou fantasia?




Fantasiar… sonhar... é bom! Saudável! No entanto, fantasiar e sonhar nunca poderão ser broquéis contra a realidade! Quando falo em sonhadores, inevitavelmente penso em alguém cuja mente e corpo se resignam a imaginar resultados, sufocando a exteriorização dos seus desejos… ponto de partida para a actuação, exercício oposto ao sonho!

Fantasiar por vezes preenche-nos a alma de tal forma, que por momentos poderemos ter a sensação de estar a viver intensamente os sons, sabores, os odores, acompanhada de uma humidade que se instala por todo o corpo, quente e fria de forma alternada, como que um apelo agressivo às formas de actuação que provocam o movimento… a realidade!

Quem ousa não ceder a esta doce loucura que é o desafio ao interdito… escondido… munido do segredo… latente no tempo…


Quem por uma só vez que fosse, não pensou em transpor todo o “lixo” moral de nos impede de assumir a nossa verdadeira essência… sermos bichos... e, quando digo bichos, falo em manifestações puras do nosso ser e da nossa vontade… completamente dispensados de actuação no palco social…

Não seríamos bem mais felizes…? Ou pelo menos… consideravelmente menos arrogantes, agressivos, invejosos, traiçoeiros, hostis, dissimulados, manipuladores, egoístas… indiferentes ao Outro?! Claro que sim! Mas dispensando as boas actuações no palco social, não seríamos receptores das tão desejadas “palmas” da “assistência”… e as palmas da assistência são o alimento dos mais ambiciosos actores… daí a necessidade de se vestirem de toda a “indumentária” caracterizadora do bom cidadão! O mais frustrado e inibido ser… digno de alguma pena até…

Todos nós somos assim, mesmo que em doses diferenciadas! Porque não admitir? Porque não ponderar? Talvez transformando um pouco da fantasia que temos na alma em realidade, nos tornemos seres maiores… maiores de satisfação para com a vida, agradecendo desta forma a dádiva da nossa existência…!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Espera...























A espera…

Saber esperar é um exercício que tenho vindo a praticar… (mas em dose q.b.!), não só porque apela ao gerir de sentimentos, como permite observar o “objecto” de forma menos indumentada… A distracção, provocada pela “correria” dos dias, pela busca dos resultados rápidos… pela falta de segurança… pela incapacidade de me sentir “Eu”. É uma distracção falsa e manipulada! É uma forma de transpor os obstáculos que teimam em permanecer latentes… não resolvidos… parasitas… Aqui há espaço à reflexão… viagem às prioridades do “Eu”…!

Acontecimentos (in) desejados … atravessam a alma dos acorrentados pelo Outro, por cobardia à aceitação do “Eu” por inteiro… único e singular… A construção do “castelo” para sempre (a pedra e ferro)! É a exigência (deles) que se impõe, sem que por um momento que seja, nos seja dada a possibilidade da escolha… do querer… desejar… o tal castelo cujos materiais são bem mais flexíveis e de versatilidade adaptável…
Contudo, mesmo um “castelo” construído com materiais adaptáveis, não resolve o problema das correntes… e não falo daquelas correntes cujo cadeado é aberto e fechado pelo Outro, falo sim, das correntes cujo cadeado é dispensado, pela sua natureza inata de estrangulamento e impiedade aquando da sua actuação. São as correntes do coração…! Aqui há espaço à fragilidade… à entrega… admissão incondicional…

Fragilidade… palavra cheia de acepções pobres no mundo da conquista! A conquista apela às oportunidades… as oportunidades apelam ao Outro… o Outro apela ao objecto indumentado… a desistência do “Eu”… Fecho de ciclo! Ponto de partida? Caminhos alternativos.

Digo não à estagnação… imobilidade… Digo sim à vida! Digo sim à exigência e à vaidade! Vaidade pela consciência e segurança nos exercícios de afirmação! Sentimentos pouco nobres e actuações arriscadas segundo Eles…
Há mesmo, quem se proponha ao desempenho como “duplo” no nosso “filme”… contudo, a intenção do duplo nem sempre é a de protecção da “estrela”, mas sim a extinção do estrelato! Confuso…? Não! Ideia maníaca de perseguição? Não! Apenas um movimento de prudência à aceitação de géneros exageradamente predispostos e conselheiros…

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vida…



Nos últimos tempos, aliás… nos últimos anos tenho sentido que a vida não é bem aquilo que pensava ser… a vida será para uns um bem adquirido e perpétuo… para outros uma actividade diária de sobrevivência… para outros ainda… apenas um “Eu” que existo…
A forma como olho a vida sugere-me decisões muito práticas quanto à sua gestão, quando penso também em objectivos práticos… acontecimentos que posso imaginar possíveis, talvez… basta pensar no que é que estamos dispostos a fazer para alcançar os tais objectivos… Aqui haverá espaço à imaginação …!


Algo que tenho vindo a praticar… é a “desvalorização” de certos e determinados temas mais populares e conhecidos como valores sociais… valores que condicionam todas as formas do ser humano obedecer à sua condição animal e selvagem… homem bicho… predador… vivente e sobrevivente entre os outros animais…
… aqui moram todos os temas que gosto e que me convidam ao inigualável exercício de pensar… às vezes não gosto… por vezes fujo!
Fugir de si próprio! … o pior dos exercícios físicos e mentais que já experimentei… Aqui não existe espaço à fuga! Prisão perpétua…

A fuga, por si mesma, representa uma tentativa frustrada de enganar e dissuadir o pensamento… esse exercício rebelde que teima persistentemente em afirmar a liberdade… a sua grande musa! A liberdade que todos nós (seres animais) teimamos em delimitar em nome do bem comum… (lindas palavras!) Pois! Mas qual bem comum? Alguém por acaso me diz o que é o bem comum? Quem se deu ao direito de dizer o que é bom para mim? Quem com legitimidade comprovada (por quem?) se permitiu ao exercício da avaliação daquilo que me faz bem… daquilo que penso… da minha vontade…

AHAHHHHHAAA…!!! por vezes sinto-me uma verdadeira lapa que se quer libertar da rocha, por não a considerar a única forma capaz de lhe permitir a sobrevivência e o equilíbrio … Aqui há espaço à conquista!

Quem me disse um dia que tinha de ser assim, quando eu perguntava: “porque não de outra forma?” Este pensamento têm-me acompanhado pela vida num movimento de vai e vem… num movimento de incertezas, de dúvidas… de não-aceitação do tão nobre “bem comum”! Aqui há espaço à… indisciplina…?!

Poderia agora falar de outro aspecto que muito me seduz… a capacidade incrivelmente apurada de utilizar as milhentas formas subtis de brincar (á séria!) ao “Eu não!
Eu não! Nunca! Não, não, não!!! Eu não! Eu? Nãaaao…!!

… esta, é uma daquelas imperfeitas “arestas” humanas caracterizadoras da existência de humildade em baixa, que o tempo e a experiencia dificilmente conseguem “limar”(na maioria dos “Eus”). A consciência da falha! A consciência da pobre matéria de que são feitas as nossas previsões… as nossas certezas…


Há quem ache, que o conteúdo de que é feito a vida do Outro, nunca será o seu conteúdo… Há quem ache que se consegue isentar dos imprevistos… das falhas de cálculo… da má percepção… enfim… tudo aquilo que preenche a maior parte da nossa existência… o carácter humano da efectividade… as imprevisões e as imensas reservas que vamos fazendo quando nos deparamos com o sentimento que nos apela às “inversões de marcha” e ao “estacionamento”… Aqui cabe a prudência, a sensatez… o livre exercício de se (re) pensar…