quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Espera...























A espera…

Saber esperar é um exercício que tenho vindo a praticar… (mas em dose q.b.!), não só porque apela ao gerir de sentimentos, como permite observar o “objecto” de forma menos indumentada… A distracção, provocada pela “correria” dos dias, pela busca dos resultados rápidos… pela falta de segurança… pela incapacidade de me sentir “Eu”. É uma distracção falsa e manipulada! É uma forma de transpor os obstáculos que teimam em permanecer latentes… não resolvidos… parasitas… Aqui há espaço à reflexão… viagem às prioridades do “Eu”…!

Acontecimentos (in) desejados … atravessam a alma dos acorrentados pelo Outro, por cobardia à aceitação do “Eu” por inteiro… único e singular… A construção do “castelo” para sempre (a pedra e ferro)! É a exigência (deles) que se impõe, sem que por um momento que seja, nos seja dada a possibilidade da escolha… do querer… desejar… o tal castelo cujos materiais são bem mais flexíveis e de versatilidade adaptável…
Contudo, mesmo um “castelo” construído com materiais adaptáveis, não resolve o problema das correntes… e não falo daquelas correntes cujo cadeado é aberto e fechado pelo Outro, falo sim, das correntes cujo cadeado é dispensado, pela sua natureza inata de estrangulamento e impiedade aquando da sua actuação. São as correntes do coração…! Aqui há espaço à fragilidade… à entrega… admissão incondicional…

Fragilidade… palavra cheia de acepções pobres no mundo da conquista! A conquista apela às oportunidades… as oportunidades apelam ao Outro… o Outro apela ao objecto indumentado… a desistência do “Eu”… Fecho de ciclo! Ponto de partida? Caminhos alternativos.

Digo não à estagnação… imobilidade… Digo sim à vida! Digo sim à exigência e à vaidade! Vaidade pela consciência e segurança nos exercícios de afirmação! Sentimentos pouco nobres e actuações arriscadas segundo Eles…
Há mesmo, quem se proponha ao desempenho como “duplo” no nosso “filme”… contudo, a intenção do duplo nem sempre é a de protecção da “estrela”, mas sim a extinção do estrelato! Confuso…? Não! Ideia maníaca de perseguição? Não! Apenas um movimento de prudência à aceitação de géneros exageradamente predispostos e conselheiros…

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Quem espera sempre alcança... o desejo de ser feliz com uma boa pitada de tranquilidade e liberdade de decisão, mesmo com tantas pedras no caminho, é apenas o teu dever perante este mundo, perante ti, perante quem te rodeia! Não é querer demais, é apenas querer ser quem és, sem medos, sem dores, nem frustações! Força para a vida, força para a escrita! gostei muito!Profundo... assim como tu és!:-) beijo enorme. B