quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Agressividade como forma de alcançar o desejo...





















Gostava de poder "roubar" todo o poder deste ser... Sim. Poder. É disso que se trata. É o poder sobre o "outro" que todos procuramos. Nós, animais.


Podendo escolher, seria uma Pantera Negra... Linda!


Mas o que mais mexe comigo quando olho esta imagem (igual a tantas outras, mas com particularidades que se associam a sentimentos por mim escondidos, ou simplesmente latentes, pela sua natureza anti-regra, anti-norma, desviante de tudo o que outros inventaram e que eu não escolhi...), é que para além dos sentidos aguçados, a sua força, a velocidade com que se desloca, a sua inteligência, é um animal raramente visto... raramente aparece... uma beleza imensa... Beleza inexplicável... quase absurda...


Imagino-me (com alguma vaidade, confesso), na pele de um tão belo animal como este...


Enquanto mulher, quando olho este imagem - repito: igual a tantas outras -, vejo e sinto algo que não consigo explicar... uma "sede", uma fome de vida... Fome, sentida com agressividade...


A Agressividade, contrariamente ao seu significado, pouco nobre perante a "plateia social", é uma característica, um sentimento que deve permanecer algo "controlado", mas nunca destituído da força que a define... Agredir... é a natureza do animal... mesmo que Homem...


Ninguém me convence com a sua simples generosidade, a sua simples bondade, simpatia, "amizade", atenção exagerada sobre os outros... enfim... um poço de sentimentos nobres e puros. Mentira! Estamos no campo da pura passividade. Não existe bondade e afins sem agressividade. Quem não assume esta carateristica, própria de todos os "Eus", é agredido simplesmente... Vítima de si próprio, pela aceitação e desejo da atenção dos "AGRESSORES", que apesar de criticados, deixam rasto de inveja pela forma como evidenciam a sua presença... o seu querer... Querer só para si... Poder!


Atrevo-me a desejar o poder da Pantera... aquilo que ela me transmite... Sede, Fome, Desejo de tudo o que ainda não "provei"... com o corpo e com a alma... Atrevo-me, a tornar mais refinado tudo aquilo que já experienciei... tudo aquilo que explorei... que me tornou agressiva... agressiva por ser a única forma de aceder ao mais íntimo "Eu"... Matar em mim, tudo aquilo que contaminou a minha natureza selvagem... A NOSSA NATUREZA SELVAGEM! - A Normalidade. O Guião da Moral. A opinião indesejada e inoportuna. O Olhar crítico sobre o Poder que "fracos" invejam no agressor...


Invisto em mim. Invisto em quem gosto... mas não pretendo desgastar-me em prol da incapacidade do "outro" em se ver, se sentir como animal que é...


Resta-me assim, tentar actuar como a Pantera... Aparecer, Fazer sentir a sua presença e Desaparecer...

Tinha muito mais para dizer. Contúdo, preciso de "adubo"... da agressividade do "outro"... Desafiem-me a pensar o contrário...









Sem comentários: